Quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2007

Da Ocidental praia Lusitana VII

...os dias iam passando, e nem sinal da Margarida. O telemóvel não tocava, nem me recebia uma sms ; o correio electrónico no meu pc, não entregava nada do que eu estava à espera.
Sentia uma grande ânciedade dentro de mim. Pensei em voltar ao café, quanto mais não fosse, para espreitá-la pela janela. Voltar a ver aquelo lindo rosto, a expressar um fantástico sorriso, complementado pelo mais belo dos olhares...
Tive medo, muito medo de lá voltar...medo talvez não seja a palavra mais certa, mas a minha timidez, que é bastante, cortavam os impulsos que tinha, até que... Ganhei coragem. Comprei um jornal diário; dirigi-me ao café; voltei a ocupar a mesma mesa. Tremia e tál forma que quase não conseguia segurar de forma legivel o jornal. Se naquele instante me perguntassem o que estava a ler, eu não ia perceber que tinha um jornal na mão. Baixei o jornal por um instante e naquele momento, a Margarida estava a chegar ao pé de mim. Já não sei dizer se dobrei o jornal, se o mantive como o tinha ou se até teria colocado sobre a mesa; a verdade é que não sei mesmo, tál foi o sentimento que me inundou...
Pedi-lhe um café, enquanto lhe fixei o olhar, no mesmo momento ela voltou-se e dirigiu-se ao interior do café. Eu continuava a tremer, mas sentia uma alegria interior que jamais encontrarei palavras para descrever. Enquanto ela tirava o café, eu ia observando o seu cabelo negro, escalado que lhe caia sobre os ombros... cada vez que lhe direccionava o meu olhar, mais eu descobria beleza naquela jovem.
Voltou até junto de mim. Pousou a chavena sobre a mesa. Eu agradeci. Ela, deixou saír um pequenino sorriso. Eu fiquei feliz...
Já satisfeito por a ter visto, tirei um moeda do bolso, dobrei o jornal e saí... Quase não tinha acabado de saír e o meu telemóvel tocava sinal de mensagem. Abri-o, li amensagem e dizia: " hoje não veio o poeta? Não deixou ficar um poema... Margarida." O meu coração quase parou. Senti-me corar de felicidade; os meus pés sairam do chão e por instantes perdi noção do tempo e do espaço Voltei o meu lhar para trás, alcançando a janela e numa imagem pouco nítida, Margarida acenava-me um adeus. Eu muito timidamente, respondi-lhe ao aceno, sorri...
Senti-me por momentos um miudo de 15 anos... ignorei... Simplesmente, porque me sentia...muito feliz.

sinto-me: bem
publicado por daocidentalpraialusitana às 00:24
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