Segunda-feira, 9 de Abril de 2007

Da Ocidental praia Lusitana XII

...disse-me então que precisava de desabafar com alguém, alguns problemas da sua vida e não sabendo bem porquê, sentiu que eu era a pessoa ideal e indicada para o fazer, achou sem razão aparente que eu estaria à altura de receber os seus desabafos.
Margarida, entre lágrimas e discretos sorrisos, foi falando sobre os problemas da sua vida e que precisava de encontrar um rumo na sua vida.

Falei-lhe então sobre aquilo em que eu acredito. Falei-lhe da fonte da vida. Falei-lhe no que eu senti, quando bebi dessa mesma fonte. Disse-lhe que depois de bebermos dessa fonte, nada volta a ser como era. Já não voltas a acreditar que as coisas que te acontecem, deixam de se chamar problemas e contei-lhe da noite em que passei de joelhos em frente à Cruz e no que ela me falou. Contei-lhe o que me disse a Cruz enquanto lhe olhava nos olhos e chorava. Falou-me de forma clara e precisa da caminhada de Cristo em direcção ao Calvário e que do alto da Cruz nos diz:

- Eu sou o filho de Deus! No entanto olha para mim. Acusado; humilhado; agredido e ferido em público pelos homens que me acompanharam, louvaram e exaltaram; filhos da criação de meu Pai!
Não fugi. Não respondi, nem retribui... No silêncio aceitei e cumpri o meu caminho... Não era a minha vontade nem era fácil a minha tarefa, mas não estava cá para ser servido, mas para servir. Porque meu Pai vos ama eu fui humilhado e crucificado e só depois de todo esse sofrimento se cumpriram as escrituras: " Hão-de olhar Aquele que trespassaram".

E vós, porque vos lamentais? O que vos falta? Tedes fome? Tedes frio e sede? Não tedes casa nem trabalho, enm comida para os vossos filhos?

Porque continuais, ainda hoje, a condenar-me e a crucificar-me? 2000 anos passaram e ainda hoje, vós homens, não sabeis o que é o amor...

É o amor que vos falta. Não é um emprego, nem pão, nem água que vos faz falta. O que vos faz falta é entender que eu sou a videira e fonte da vida; que medei ao mundo por amor; que meu pai me enviou porque vos ama...

O que vos faz falta e o que precisam é entender o que é o amor.

Olhai para mim na Cruz! Eu sei que sois homens e que esse facto vos impõe algumas limitações e não sois capazes de alcançar a dimensão do meu acto de entrega nesta <cruz... É o que vos peço, não deixeis deme olhar e de me meditar e um dia há-de chegar que conseguireis alcançar o sentido verdadeiro amor...

Quase pálida, Margarida fixava-me nos olhos sem nada dizer... Pegou-me na mão; beijou-a e sem nada dizer, foi-se embora.

sinto-me: seguir o caminho certo.
publicado por daocidentalpraialusitana às 14:02
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