Quinta-feira, 22 de Março de 2007

Da Ocidental Praia Lusitana XI

... já a leitura ia longa quando dei por mim a tremer com o frio e com fome.
O sol brilhava bem alto num Céu limpo e cheio de azul! Como me tinha aconchegado junto às pedras, estava envolto de sobra e sentia-me com frio.
Parei a leitura. Fechei o livro na parte em que o personagem principal encontrara um livro cheio de mensagens, entre as quais se encontravam as que eu tinha visto quando abri o livro. Levantei-me. Olhei no horizonte e vi calma e serenidade na ondulação do mar. O azul do Céu era riscado de branco, de quando em vez, pela passagem rápida e alegre das gaivotas...
Não tinha ainda encontrado resposta para as minhas inquietações, mas também não tinha chegado longe na leitura do mesmo. Dirigi-me à rua. Pensei em ir a casa para me alimentar. Lembrei-me que estaria sozinho... O dia estava lindo e não queria voltar a sentir angustia ou tristeza, nem sei bem... Foi então que pensei: que já ando à procura de uma resposta, porque não ir ao encontro do problema, já que a minha inquietação se chamava Margarida? Talvez vê-la, seja bom para eu meditar e reflectir, sobre a questão. Assim foi. Dirigi-me ao café onde ela trabalhava e, como habitualmente, ocupei a mesa de sempre.
Ela veio atender-me com um rosto triste e fechado. Pedi o que pretendia comer e quando ela estava a acabar de me servir, perguntei-lhe o que se passava com ela e acrescentei que podia dispor dos meus ouvidos, caso sentisse necessidade de conversar. Depois de comer e de tomar o, meu sempre indispensável , café, fui ao balcão; paguei e voltei a colocar-me à disposição para ela, se quisesse, desbafar...
Já estava recostadado de novo às pedras, quando dei conta de uma figura femenina sentada à minha frente alguns metros. Estava sentada de costas para mim, com a cabeça pousada sobre os joelhos. Percebi de imediato que era a Margarida. Aproximei-me dela. Coloquei a minha mão sobre o seu ombro. Ela levantou a cabeça muito lentamente; virou o seu rosto para mim e quando o seu olhar alcançou o meu... o seu rosto foi inundado de lágrimas... Sentei-me ao seu lado; peguei-lhe na mão e ela continuou a chorar...
Quando se acalmou, eu perguntei-lhe se queria falar. Ela gesticulou afirmativamente com a cabeça e disse a custo: " ainda bem que estas aqui. eu precisava mesmo de falar contigo." Perguntei-lhe se era pelo o facto de ela se sentir assim, que desjava falar comigo e ela voltou a responder afirmativamente.

sinto-me: muito bem
publicado por daocidentalpraialusitana às 20:05
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Terça-feira, 20 de Março de 2007

Da Ocidental praia Lusitana X

... não conseguia entender por que razão eu estava a reagir, daquela forma ao olhar do Cristo Crucificado. Perguntei-me se seria um sentimento de culpa, porque me havia proposto a seguir o sacerdócio e estar agora a sentir algo de especial pela Margarida?
Fiquei com a questão no ar e sem resposta imediata. Levantei-me, saí... O sol voltara a brilhar ... Caminhei ao longo da principal avenida em busca do pequeno quiosque onde comprar o jornal do dia. Na entrada havia uma pequena estante onde, estavam afixados os principais jornais. Olhei-os para ver as diferenças entre eles, no que respeita a títulos... escusado será dizer que não havia grandes diferenças. Num acto involuntário, olhei para a montra e reparei num livro que lá estava. " Ilusões " era o título do livro e foi exactamente esse título que me despertou atenção. Não sei se foi pelo nome mesmo, ou se procurava naquela palavra, a resposta que não tinha, quando saí à rua. Entrei. Já não quis saber do jornal, estava curioso e expectante quanto ao livro e comprei-o imediatamente... Voltei à avenida e dirigi-me até à praia. Procurei um local escondido e aconchegado junto às pedras que protegem a orla costeira. Sentei-me, com os pés descalços na areia e abri o livro Richard Barch era o autor. Logo que o abri, fiquei ainda mais ansioso quando verifiquei, três pequeninas frases que diziam: " Não te afastes de possíveis futuros antes de teres a certeza de que nada tens a aprender com eles"; " O céu conhece as razões que se escondem por detrás das nuvens e tu também conhecerás se te elevares para lá do horizonte" e ainda " Todas as pessoas, todos os acontecimentos da nossa vida estão ali porque os criámos. Aquilo que queremos fazer com eles só depende de nós."! Estaria naquele livro a resposta às minhas inquietações, de ontem e de hoje? Será que este livro, resultado da minha vontade decomprar o jornal, tinha o que eu procurava. Ao abri-lo, fui surpreendido... irei eu ser ilucidado pelas ilusões? Fechei-me para o mundo e numa aventura literária, procurei uma resposta... 

sinto-me: consciente
publicado por daocidentalpraialusitana às 11:07
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