Terça-feira, 30 de Janeiro de 2007

Da Ocidental praia Lusitana III

... teria o mundo ponderado bem, entre as suas necessidades e a minha capacidade de o poder ajudar?
Não sei ao certo, se foi por acaso ou um sinal que o mundo me dava, quando reparo que do outro lado da rua, um jovem casal preparava-se para atravessar a passadeira com o seu filho, quando este se soltou das mãos dos pais e correu, com toda a velocidade e felicidade, e só parou quando me agarrou.
Baixei-me para o pegar ao colo - teria cerca de 3 anos - agarrei-o com cuidado e levei-o até junto do meu peito. Depois daquele cabelo encaracolado e dourado, estava um rosto feliz... O André -era esse o nome dele, soube-o depois, era mongolóide como é mais conhecida a patologia. Aquele rosto feliz e o orgulho dos seus pais, deixaram-me muito sensibilizado e logo depois, que o André se foi embora, desci ao areal, para me esconder. Sentado e dobrado sobre mim, acabei a chorar por perceber, por instantes, o que era realmente AMAR e perceber o quanto insignificante eu sou, por tanto valorizar o banal...
Meu Deus, pensei, como nós desprezamos estas crianças, e outras, só porque não são como nós, só porque nos julgamos perfeitos e a eles deficientes... Quando na verdade eles são tão felizes com um simples sorriso e uma pequena manifestação de carinho... Mas nós, não. Nós até nos calcamos uns aos outros para alcançarmos patamares e julgamos ser o caminho para a felicidade... E se tu ou eu tivermos uma acção ou reacção no sentido de sermos: humanos, sensíveis , cívicos e humildade, somos automaticamente considerados, anormais...

sinto-me: a caminho
publicado por daocidentalpraialusitana às 11:57
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Sábado, 27 de Janeiro de 2007

Da Ocidental praia Lusitana II

... o grito alegre de duas gaivotas que brincavam e me sobrevoavam, fizeram-me despertar. Levantei-me e caminhei de volta para a estrada deixando para trás o areal. Sacudi a areia que trazia agarrada à pele; baixei de novo as pernas das calças que tinha presas aos joelhos; sentado na beira do muro que delemitava a zonapedonal e a praia e voltei a calçar-me.
Pensei por instante no que iria fazer de seguida, sem qualaque conclusão, limitei-me a caminhar junto à praia, tentando obeservar tudo, não pensar em nada e talvez sentir, apenas sentir, o que a meu corpo pudesse absorver e a minha alma exprimir...
O meu pensamento ficou vazio, o meu coração apertado e a minha alma gritou!! Não sei porque, não sei o que o provocou, mas naquele momento senti que o mundo me chamou. Sim, o mundo chama por mim, pede-me por socorro, pede-me um pouco de carinho, de atenção e de perdão... Estremeci. Como podes tu mundo pedir que eu te dê tudo isso se nada tenho para te oferecer?...

sinto-me: capaz de ser útil
publicado por daocidentalpraialusitana às 13:22
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